Por Anselmo Bispo.

A COVID-19 tem remodelado praticamente todos os setores do mercado. Enquanto um universo imenso de empresas se veem em grandes apuros para fechar suas contas e sobreviver no mercado, por outro lado temos visto um grande nº de pequenas empresas do varejo aumentarem suas vendas de forma significativa.

Mudanças drásticas estão acontecendo constantemente na maneira de se trabalhar, e  uma revolução do trabalho remoto está em curso, conferindo uma nova configuração ao cenário corporativo, que tende a se perpetuar no tempo.

Um segmento que embora também impactado, vem permanecendo robusto e até mesmo se apresentando como uma solução alternativa de trabalho para muitos, é o segmento de Vendas Diretas.

Sustentado numa força de trabalho logisticamente bem organizada e acostumada a operar sob condições externas, consultoras e consultores de vendas diretas têm se mostrado resilientes para se adaptarem ao novo normal que o corona vírus nos impingiu. Talvez isso explique o incremento de cerca de 40% que algumas estimativas têm mostrado, no nº de clientes do setor, após a pandemia.

Como em praticamente todos os modelos de negócios do país, o segmento de vendas diretas também está sensível às mudanças que precisam ser feitas, que em grande medida haverão de passar pelo crivo da transformação tecnológica e digital.

Mas afinal, por que a transformação digital é tão importante na venda direta, já que o setor é um modelo de trabalho que se executa fundamentalmente a partir de casa? Isso se dá, principalmente, porque nesse momento, não por questão de relacionamento más sim  por razões de segurança sanitária as pessoas querem suprir suas necessidades de consumo com o mínimo de contato pessoal possível.

O comércio eletrônico continua acelerado como nunca e isso pode ser uma saída interessante para consultoras e consultores de venda direta, mesmo porque o distanciamento social deve se manter como protocolo ainda por um bom tempo, fazendo com que os consumidores  se tornem cada vez mais reticentes em sair para fazer compras, comer e procurar serviços de contato próximo.

Isso sugere que há uma demanda maior por produtos distribuídos pelo sistema de vendas diretas, só para citar um exemplo, mais pessoas estão optando por cozinhar e comer em casa em vez de ir à restaurantes, colocando numa posição de destaque, produtos e utensílios para atender a demanda desses neófitos da cozinha.

A indústria da venda direta tem por característica atuar exatamente nesse tipo de cenário. A chave para avançar, por tanto, será entender como o setor de vendas, em geral, foi impactado e, em seguida, adotar medidas que facilite a comunicação e as interações entre a indústria, as lideranças, os distribuidores e os clientes do setor.

Aqueles que já tinham os canais de comunicação digital apropriados antes do vírus, estão se mantendo à frente do jogo. Desde listas de e-mail até o suporte certo para ações de impulsionamento, comunicar e apoiar a força de venda, nesse momento de crise tem sido um dos diferenciais que distinguem os players que tem conseguido se manter no topo das vendas.

Dada a situação atual, a venda direta realmente tem tido um comportamento exemplar, o número de distribuidores reativados aumentou significativamente nos últimos meses, assim como o número de novos distribuidores.

Várias são as razões das pessoas estarem procurando novas fontes de renda na venda direta, dentre elas está o fato deste ser um setor que provou repetidas vezes poder se manter forte e sobreviver a ciclos econômicos turbulentos.

À medida que o país começa a reabrir e se esforçar para retornar a algo parecido com o “normal”, a venda direta certamente continuará nesse ciclo de crescimento e, dominando o “bicho papão” da transformação digital, esse setor definitivamente está predestinado a prosperar.

Academia da Venda Direta – Conteúdo que Informa & Transforma.

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